sábado, 14 de março de 2015

A sinceridade por tras da razão!

Já faz tempo que postei algo, que senti necessidade de me expressar através de um texto, de partilhar algo, faz  tempo que não fazia uma introspecção a mim mesmo, que não olhava para o meu interior, ao que consegui alcançar ao que deixei seguir o seu caminho.
A duvida permanece a mesma, as feridas pouco ou nada sararam, mas é certo que com o tempo existe sempre algo que muda, algo que se alcança, existiu momentos de simples prazer e de conforto, como momentos cruéis e que ninguém deveria passar.
Vejo me redundante ao meu sentimento sempre alojado nos meus medos, nos meus desejos, nos meus pensamento.
Sinto-me predestinado em dar importância a um sorriso, a um olhar alheio sem reconhecer o meu sorriso, o meu olhar a minha voz. Será que será defeito? ou será uma virtude? Não sei, este sentimento continuo de solidão, de necessidade de afecto activa-se com um simples sorriso, com um simples gesto gentil e ao desaparecer tais momentos que por mais que fiquem guardados no meu interior me deixam com medo, com receio e faz ativar o meu maior medo.
Nunca ninguém me conheceu realmente pois nunca estive rodeado de pessoas que quizessem ficar o tempo para me conhecer, muitas foram as promessas, os sorrisos, as palavras que cada pessoa que passou na minha vida me proporcionou mas onde estão essas mesmas pessoas agora? Pois certamente não visualizaram aquilo que sou ou o pouco que conheceram não os fez ficar.
A lealdade, a palavra, hoje em dia é banal. Já não faz sentido, as promessas viraram pedidos, os sorrisos viraram adeus, os actos viraram facadas. Ao fim destes anos todos afinal em que podemos acreditar? Num sorriso? Numa palavra? Num gesto? Ou simplesmente podemos acreditar no tempo olhar para trás e ver quem continua, quem partiu. Não tenho respostas mas sei que o tempo é o mais fiel amigo que posso ter pois demore o tempo que demorar ele irá se encarregar de me mostrar não só aquilo que me tenho tornado no homem que tenho sido como em quem me acompanha, quem me conhece.

Só gostava que as pessoas se interessassem e me permitissem mostrar o que sou, o que valorizo, pelo que luto, pelo que tenho força, e simplesmente naquilo em que acredito.

Atenciosamente,
Duarte Custódio.